sábado, 31 de outubro de 2009

Alemanha: Dusseldorf

Ora cá estou Eu de novo, é verdade, já lá vão 10 meses, quase 11, desde que bloguei pela última vez. Confesso que desde a missão de Nantes que senti uma certa letargia em voltar a escrever, porquê? ... bom primeiro por falta de tempo, segundo a preguiça é uma coisa lixada :) Neste projecto vim parar a Essen, a oitava maior cidade Alemã, no entanto não encontrei à partida muita coisa para visitar ... não quer dizer que não hajam coisas interessante por esta terra, mas Dusseldorf e Dortmund pareceram-me deveras mais cativantes e tendo apenas um fim-de-semana, espero :P, queria aproveitar o melhor. Tanto Essen como Dusseldorf encontram-se localizadas a oeste da Alemanha, sensivelmente a meio, pelo que nesta altura do ano haja um calor esquisito, mas nada por ai além. Sabendo que o dia aqui escurece bem mais cedo que em Portugal, às 17h, não tenho muito tempo para visitar a cidade toda pelo que tentei visitar o essencial. Numa primeira pesquisa na internet tentei verificar qual a zona onde se encontravam as principais atracções da zona e aquilo que pensei fazer foi ir visitando os monumentos à medida que vou andando. Bom, a primeira foi fácil, pego no GPS, estaciono ao pé e dirijo-me para a basílica de São Lambertus (Lambertus-Basilika), uma das recomendadas no site TripAdvisor. Tanto o exterior como o interior são bastantes bem conservados e limpos, muito ao estilo alemão, embora a construção date do século 13.
O exterior:

Li no site do MyTravelGuide.com que esta torre se encontra um pouco inclinada, algo do género da torre de Pisa. Sinceramente não notei nada


O interior:

Foto um pouco tirado à socapa, pois não sabia se podia ou não fotografar. Logo a seguir vejo um casal a tirar fotos na "descontra" ... e Eu, ora com licença...


Vai com flash e tudo. Bem bonito para um baptizado.

O confissionário.

Alguns do vitrais. Estes eram os mais coloridos


Restos mortais de St. Apollinaris, penso Eu de quê, visto não conseguir perceber o que significa Villeici, ou Villeich, aponto para que seja Valença, visto Apollinaris ter sido bispo de Valença.

Outras fotos:

De seguida tentei procurar um museu de arte chamado Kunstsammlung e como não tinha nenhum mapa, pus no GPS e lá fui. No entanto Kunstsammlung pelo GPS ia parar a um edificio que parecia estar associado a empresas ... não via nenhuma entrada e passado um pouco desisto e vou à procura do posto de turismo (dahhhh, já lá devia ter ido :P).
11h da manhã e lá encontro o posto de turismo. O folheto do City Guide de Dusseldorf, grátis, indicava um rally pedestre denominado Dusseldorf numa hora ... porreiro, é isto mesmo. Depois de analisar minimamente o folheto e obter o mapa do rally (curti a desginação :) ) já eram quase horas de almoço e decido seguir a indicação do folheto para uma zona que dizem ter uns restaurantes porreiros. A caminho fui tirando umas pictas a apreciando a paisagem:


Torre de telecomunicações Rheinturm (Rhine, do rio, Tower), utilizada inicialmente pelos serviços dos correios nacional em 1982, tendo deixado de ter sido utilizada como tal desde que os satélites passaram a ter um serviço equivalente. Actualmente tem no seu topo instaladas antenas para televisão digital, que acrescentaram 8 metros aos iniciais 234. Contém também 2 restaurantes, um deles panorâmico que roda 180º hora a hora (deve ser pouco caro), e um dos maiores relógios decimais do mundo, cujos "ponteiros" são as várias janelas redondas de baixo a cima da torre, ora vejam:

As primeiras dez janelas contam os segundos, depois tem seis para contar cada 10 segundos e perfazer 1 minuto. Quando as 6 de 10 segundos estão todas acesas acende mais uma de 1 minuto em cima, 10 no total. Após cada 10 minutos acende uma no bloco imediatamente acima para perfazer 6, dos 60 minutos, não faltando também a indicação das horas e outra janela para indicar se é de manhã ou tarde (luz do topo) ... muito à frente. Comparei as horas com o meu relógio, batia certo :P

O último à direita é denominado de Stadttor (City Gates, do Sul), é um edifício de empresas conceituadas de consultadoria e do ministério da presidência do estado Norte de Rhine-Westphalia. Particularidade: A sua arquitectura em losango permitiu a implementação de um novo sistema de ventilação e ar condicionado que quase que torna supérfluo os sistemas tradicionais de ar-condicionado para estes tipos de edifícios.

Lá fui almoçar tendo escolhido um restaurante italiano na tal rua indicada no folheto turístico, de facto ficava um pouco antes dessa rua mas no mesmo enfiamento. Gostei foi de ver que os dois cafés ao lado eram os indicados na página do TripAdvisor :) porreiro. A comida era boa o preço nem por isso, mas enfim, não havia de ser muito diferente naquela zona.
De bandulho cheio lá fui para o rally :)


Comecemos pela avenida em cima, Konigsalle que significa Avenida do Rei, que ficou com este nome depois de um incidente com o rei Friedrich Wilhelm IV em 1848, quando lhe atiraram um pedaço de esterco de cavalo ao homem (devia ser famoso). A última foto à direita é denominada a fonte do tritão, um marco desta avenida.

The 'Slim Mathilda' (deve ser das tranças) - Relógio que foi durante muitas gerações um ponto de encontro típico na cidade.

Wilhelm-Marx-Haus - O primeiro arranha-céus da Alemanha(1922/24) Wikipedia

Carsch-Haus department store - Esta loja teve de ser desmantelada para a construção do metro tendo sido construída de novo 23 metros para trás da sua localização original (só a paciência :P)


Exterior da igreja barroca St. Andreas - O folheto indica que vale a pena entrar e lá fui Eu. Fotos do interior:





De seguida Bolker Strasse, local de nascimento do famoso poeta da cidade Heinrich-Heine, que se tornou famoso a nível mundial pela canção intitulada Loreley (à direita no link uma pequena explicação sobre a canção)

Igreja protestante Neander, não estava acessível ao público a esta hora

No guia indica que às 11 a.m, 1, 3, 6 e 9 p.m, os vários sinos na rua Scheneider-Wibbel-Gasse tocam e que vale a pena fazer um pequeno desvio ao percurso. Faltavam cerca de 15 minutos e quando chego a altura já devia estar um pouco longe, pois não ouvi nada. Numa outra altura, bem antes de fazer o tour, lembro-me de ter ouvido uns sinos na cidade, às tantas eram esses.

A câmara municipal, onde fica situada um marco da cidade e uma das mais importantes estátuas equestres a norte dos Alpes. Montado nela encontra o Eleitor Jan Wellem

Bom, está na hora de ir ao "mijadeiro" da cidade :)


Só agora dei conta que falhei uma parte do percurso, embora tenha passado lá antes, não cheguei a tirar nenhuma foto. Bem que andei à procura do que indicava o guia, mas não consegui encontrar a ponte sobre o rio Dussel, que originou o nome da cidade, e onde se encontra uma fonte que representa o coração da cidade, a Cart Wheeler fountain (as minhas desculpas). Cart Wheeler significa "fazer a roda", tal como se executa em ginástica. A tradição de fazer a roda remonta a 1288, quando as crianças da cidade fizeram esta brincadeira para celebrar a vitória sobre a batalha de Worringen. Hoje em dia ainda é possível encontrar na parte antiga da cidade e na avenida Konigsalle crianças a demonstrarem as suas habilidades de cartwheeler pelo valor de "eene penning", um penny (Eu não cheguei a ver nenhuma :P)
Continuando o percurso e acedendo à praça que dá acesso ao rio Reno(Rhine), encontramos a Schlossturm, a antiga torre do palácio do século e seu último testemunho, estando neste momento transformado em museu da navegação.

Logo de seguida o rio Reno:

Ao longo do paredão encontram-se vários restaurantes e bares que nos últimos tempos se tornaram local de culto de saída ao fim do dia de trabalho.
Entrando de novo na cidade, vamos de encontra à zona denominada de Carlstad, um quarteirão de galerias e lojas antigas. Passando o museu do filme e da cerâmica,

entramos na zona de CitaldellStrasse, caracterizadas pelas elegantes e quase não alteradas residências dos séculoas 18 e 19.


Na parte final acedemos à praça Carlsplatz, onde se encontra um mercado de comida, aberto todos os dias, excepto domingos.

Na última rua do percurso, passamos pelo instituto Heinrich-Heine, onde se encontram, entre diversas outras obras, os manuscritos originais com a canção Loreley, tão adorada pelo Alemães.

Com esta me vou.

Adeus e Auf Wiedersehen